quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Creches

O sexo é a grande indústria. Revistas masculinas eram a moda há algumas décadas, agora o que vende é revista feminina, ensinando e descrevendo mil e uma formas delas terem orgasmo. Empresários espertos descobriram como fabricar coisas para vender para as mulheres, um tremendo mercado consumidor, que ganha força à medida que conseguem, as mulheres, sustentarem-se, ter salários e rendimentos de suas iniciativas.
Vender, vender, vender, assim a roda da economia se movimenta.
O culto ao prazer obviamente afasta as pessoas do senso de responsabilidade.
Qual é o resultado da permissividade dolarizada, mercantilizada, globalizada?
Podemos relacionar muita coisa, entre elas a defesa absurda do aborto, a popularização dos preservativos e pílulas, a vulgarização de algo que algum dia era realmente amor. Machista ou não, a verdade é que o amor existiu com intensidade, o amor entre macho e fêmea, ancorado em feronômios e mistérios que o mundo moderno destruiu, inclusive na fumaça dos cigarros e automóveis, calças compridas, tudo contra a possibilidade de se sentir o cheiro de um e de outro.
O sexo é uma obrigação, um desafio mercadológico e cultural. Viagra para os homens e perfumes, roupas, sabonetes, pomadas, botox etc. e ginástica para as mulheres. O resultado de tudo isso é a produção de crianças indesejadas, de nenéns que precisam de apoio, de pais despreparados.
Estamos de novo em período eleitoral. Mais gente querendo criar leis, regras e discursos a “favor do povo”. Nos programas políticos precisamos localizar e marcar com firmeza onde estarão as creches.
Não dá muito voto. Os formadores de opinião preferem asfalto. Os políticos e suas “luas pretas” dizem que precisam e fazer ruas, viadutos, túneis etc., pois além de facilitarem a vida de nossos motoristas geram faturas que poderão criar excedentes para o financiamento de campanhas políticas. É muitos difícil arranjar dinheiro e poder falando de calçadas, creches e ambulatórios. É melhor ajudar o pobre, o pastor, o clube de futebol de várzea, qualquer coisa que junte pessoas alienadas.
O resultado pode ser algo denominado creche.
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional chama o equipamento educacional que atende crianças de 0 a 3 anos de CRECHE. O equipamento educacional que atende crianças de 4 a 6 anos se chama PRÉ-ESCOLA.
Recentes medidas legais modificaram o atendimento das crianças PRÉ-ESCOLA, pois alunos com seis anos de idade devem obrigatoriamente estar matriculados no primeiro ano do Ensino Fundamental.
Os dispositivos legais que estabeleceram as modificações citadas são os seguintes:
• O Projeto de Lei nº 144/2005, aprovado pelo Senado em 25 de janeiro de 2006, estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Essa medida deverá ser implantada até 2010 pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Durante esse período os sistemas de ensino terão prazo para adaptar-se ao novo modelo de pré-escolas, que agora passarão a atender crianças de 4 e 5 anos de idade.
Lindo, não?
Felizmente moramos em Curitiba. Quando vemos, por exemplo, nesse Brasil varonil, machista, preocupadíssimo com a afirmação sexual de seus “machos”, que no Pará as crianças mal nascem, quando não vão parar em geladeiras e cemitérios, sentimos a necessidade de se criar uma forma de educação responsável, justa, digna, menos lúdica e mais capaz de entender o que é uma criança.
Precisamos de creches e orfanatos, de Casas Lar, de ambientes para se dar guarida a todas as crianças, sejam quais forem as formas de nascimento delas. Paralelamente é fundamental ensinar nossos casais sobre a responsabilidade que têm. Creches sim, depósitos de crianças não. Amor sempre, solução para irresponsabilidades nunca. Não devemos estimular a socialização da liberdade sexual, precisamos educar nosso povo para uma vida responsável, justa e bela.
Vale a pena visitar uma creche e sentir como suas crianças precisam de carinho, de amor.
Não é legal produzi-las sem a consciência e a vontade de amá-las.

Cascaes
13.8.2008

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