Senador ALVARO DIASARTIGO
12 de dezembro de 2008
Crise, infra-estrutura e os empréstimos do BNDES
No turbilhão da crise financeira mundial os empréstimos bilionários concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a outros países ganham a cada dia uma conotação de escárnio, chegando mesmo a constituir um crime de lesa-pátria. A perspectiva de calote generalizado, após o anúncio de auditorias internas das dívidas contraídas por diversas nações vizinhas, e a deterioração da infra-estrutura local, enquanto financiamos metrôs e hidroelétricas no exterior, são ingredientes nefastos que colocam um dos maiores bancos de fomento do mundo sob severa vigilância da sociedade e do Parlamento brasileiros.
Venho insistindo nesse tema desde o ano de 2005, porque pressinto esconder algo mais grave, mais escuso do que se possa imaginar. Uma outra vertente preocupante dessa questão: a pretexto de se financiar empresas brasileiras, o BNDES autoriza a realização de obras no exterior sem concorrência pública, possibilitando um verdadeiro festival de propinas na burocracia daqueles governos.
Aguardo com muita a ansiedade a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A propósito, aquela Corte tem por tradição trabalhar com seriedade, atuando com independência, competência técnica e muita eficiência, apesar de muitas vezes não ter os instrumentos necessários para o aprofundamento de determinadas investigações.
Uma relação parcial desses empréstimos registra 53 contratos celebrados com inúmeros países. Entre eles encontramos quatro com a Argentina; dois com o Uruguai; sete com a República Dominicana; quatro com a Venezuela; três com o Chile; 31 com Angola. As cifras são bilionárias, envolvem algo em torno de US$1,75 bilhão.
É uma incógnita se o Brasil receberá os valores referentes a esses empréstimos, generosamente concedidos por intermédio do BNDES como parte de uma política conduzida pelo Presidente da República, uma seqüência de gestos generosos com vistas a alçar a liderança regional.
Preocupa-nos sobremaneira o tratamento dispensado pelo Governo federal à infra-estrutura, deixando de considerar sua vertente estratégica e relegando a segundo plano a remoção dos seus entraves. O setor produtivo sofre os efeitos da deterioração da infra-estrutura. Sabemos que o crescimento sustentado da indústria está atrelado à iniciativa e ao esforço das suas próprias empresas, bem como da eficiência global do País.
Há consenso entre os especialistas de que a insuficiência da infra-estrutura produz impactos importantes em toda a economia, elevando o grau de incerteza e os custos, e reduzindo a taxa de retorno dos investimentos produtivos.
O exemplo da China é emblemático: diante da crise financeira internacional, os investimentos públicos em infra-estrutura aumentaram consideravelmente para manter a economia em atividade. A China aprovou recentemente programa para investir US$ 586 bilhões em infra-estrutura, sendo US$ 300 bilhões em ferrovias.
Na contramão do bom senso, o atual Governo pauta sua atuação exportando nossos recursos para a realização de obras lá fora, gerando emprego, renda e receita pública para outros povos. Em contrapartida, os nossos gargalos logísticos são cada vez mais preocupantes. A baixa eficiência do setor de transportes, por exemplo, se agrava a passos largos. Os portos, estradas, ferrovias, apresentam muitas deficiências.
Destaco ainda que tanto os investimentos públicos quanto os privados em infra-estrutura (percentual do Produto Interno Bruto investido em infra-estrutura), no Brasil, são baixos. Enquanto em nosso país, em 2006, o investimento público no setor foi o equivalente a 1,04% do PIB, no mesmo ano a Colômbia investiu 3,5%, a Índia 4,5%, a China 7,1%, o Vietnã 8,6% e a Tailândia 14,3%.
Não podemos perder de vista que o enfrentamento da crise financeira internacional exige competência gerencial e coloca à prova os governantes. A Europa, capitaneada pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, adotou as medidas necessárias e administra a crise com visível responsabilidade. A competente gestão financeira de Gordon Brown inspirou os governantes do continente europeu. Nos EUA, Barack Obama sinaliza igualmente que não vai titubear diante dos desdobramentos imprevisíveis da crise em curso.
No Brasil houve negligência e deboche no trato da crise financeira que se disseminou pelo mundo. O governo demorou a admitir a magnitude da crise e procurou “vender” a imagem de um país blindado, imune aos solavancos externos. A crise bateu à porta do Palácio do Planalto sem pedir licença. O Presidente Lula foi obrigado a reformular sua postura e admitir que a crise é grave. Vamos torcer para que todos os “apagões” sejam banidos de nosso país. Que a ética, a moralidade administrativa e a eficiência gerencial sejam finalmente restauradas.
Senador Alvaro Dias – 2º Vice Presidente do Senado, vice-líder do PSDB
Assessoria de Comunicação - Gabinete do Senador Alvaro DiasJornalista responsável: Cristiane SallesE-mail: gsadia@senado.gov.brMais Informações no site:www.alvarodias.com.brVeja as opiniões de Alvaro Dias sobre os temas do dia e faça comentários no Blog do Alvaro DiasVocê está cadastrado em nosso site para receber este informativo. Para cancelar sua assinatura, envie um email para gsadia@senado.gov.br com o assunto "Remover".
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Crise, infra-estrutura e os empréstimos do BNDES
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Curitiba kafkiana
Da Wikipédia, “kafkiano”:
Descreve uma situação indesejada em que um indivíduo, sem o querer, se depara como inserido, ficando com a real impressão de que, enquanto a situação perdura, está vivendo em uma dimensão irreal, em estado de perplexidade podendo, em decorrência, ser levado a uma condição mental totalmente desajustada.
Em 11 de dezembro de 2008 no Ministério Público do Estado do Paraná, em reunião promovida pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, CAOP, com a presença de diversas associações e sob a coordenação da promotora Dra. Terezinha Resende Carula, vivemos mais uma dessas situações inacreditáveis, kafkianas, por assim dizer, se não morássemos em Curitiba.
Não deveria nos surpreender, pois a questão do lixo se arrasta há anos e não vemos a luz ao final desse túnel mal cheiroso e perigoso. Agora a dúvida é a Rodoferroviária, onde nós (ABDC) e outras entidades temos questionado as condições de acessibilidade. Lugar de grande concentração humana carece de recursos compensatórios às restrições das pessoas deficientes e outras com necessidades especiais, isso sem falar nas questões de segurança que a transformaram em lugar de episódios deprimentes.
Precisamos de reformas e correções naquele local, mas parece que nada pode ser feito, pois logo a URBS deverá sair de lá.
Nas palavras da representante da Urbanizadora de Curitiba ficamos sabendo que o prazo para saírem de lá termina em março de 2009. Faltando poucos meses para a questão, que não é nova, ter um desfecho agressivo ao povo curitibano, não temos um plano B, não existe projeto, obras, nada para uma nova rodoviária e, diante da situação existente, não se faz nada no prédio atual.
É difícil de acreditar nisso tudo. Imaginamos que o governo federal, poder concedente do transporte coletivo interestadual, o governo estadual, responsável pelo trânsito entre as cidades do estado do Paraná, e o nosso prefeito estejam, ou melhor, já definiram o que fazer a partir de março do próximo ano.
Ficamos perplexos com o que nos foi relatado, não imaginamos tanta omissão de nossas autoridades.
Aditivamente às nossas preocupações juntamos a questão da acessibilidade, dos direitos humanos, da dignidade e cidadania. É difícil aceitar que esqueçam o sofrimento de gente com necessidades especiais. Nossa esperança é que pelo menos nossos filhos e netos algum dia vivam num país atento e cuidadoso com os idosos, os cadeirantes, os cegos e surdos, as pessoas doentes e aquelas atingidas pelas crises econômicas criadas pelos magnatas do cassino financeiro internacional.
Saímos da reunião no Ministério Público do Estado do Paraná com a sensação de vazio, desamparo, quase na certeza de que vivemos numa cidade fria, incapaz de resolver problemas tão óbvios e urgentes quanto o da acessibilidade na Rodoferroviária, aliás, equipamento urbano sob risco de ser desativado e precisarmos usar lugares improvisados em Curitiba.
João Carlos Cascaes
Curitiba, 12 de dezembro de 2008.
Da Wikipédia, “kafkiano”:
Descreve uma situação indesejada em que um indivíduo, sem o querer, se depara como inserido, ficando com a real impressão de que, enquanto a situação perdura, está vivendo em uma dimensão irreal, em estado de perplexidade podendo, em decorrência, ser levado a uma condição mental totalmente desajustada.
Em 11 de dezembro de 2008 no Ministério Público do Estado do Paraná, em reunião promovida pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, CAOP, com a presença de diversas associações e sob a coordenação da promotora Dra. Terezinha Resende Carula, vivemos mais uma dessas situações inacreditáveis, kafkianas, por assim dizer, se não morássemos em Curitiba.
Não deveria nos surpreender, pois a questão do lixo se arrasta há anos e não vemos a luz ao final desse túnel mal cheiroso e perigoso. Agora a dúvida é a Rodoferroviária, onde nós (ABDC) e outras entidades temos questionado as condições de acessibilidade. Lugar de grande concentração humana carece de recursos compensatórios às restrições das pessoas deficientes e outras com necessidades especiais, isso sem falar nas questões de segurança que a transformaram em lugar de episódios deprimentes.
Precisamos de reformas e correções naquele local, mas parece que nada pode ser feito, pois logo a URBS deverá sair de lá.
Nas palavras da representante da Urbanizadora de Curitiba ficamos sabendo que o prazo para saírem de lá termina em março de 2009. Faltando poucos meses para a questão, que não é nova, ter um desfecho agressivo ao povo curitibano, não temos um plano B, não existe projeto, obras, nada para uma nova rodoviária e, diante da situação existente, não se faz nada no prédio atual.
É difícil de acreditar nisso tudo. Imaginamos que o governo federal, poder concedente do transporte coletivo interestadual, o governo estadual, responsável pelo trânsito entre as cidades do estado do Paraná, e o nosso prefeito estejam, ou melhor, já definiram o que fazer a partir de março do próximo ano.
Ficamos perplexos com o que nos foi relatado, não imaginamos tanta omissão de nossas autoridades.
Aditivamente às nossas preocupações juntamos a questão da acessibilidade, dos direitos humanos, da dignidade e cidadania. É difícil aceitar que esqueçam o sofrimento de gente com necessidades especiais. Nossa esperança é que pelo menos nossos filhos e netos algum dia vivam num país atento e cuidadoso com os idosos, os cadeirantes, os cegos e surdos, as pessoas doentes e aquelas atingidas pelas crises econômicas criadas pelos magnatas do cassino financeiro internacional.
Saímos da reunião no Ministério Público do Estado do Paraná com a sensação de vazio, desamparo, quase na certeza de que vivemos numa cidade fria, incapaz de resolver problemas tão óbvios e urgentes quanto o da acessibilidade na Rodoferroviária, aliás, equipamento urbano sob risco de ser desativado e precisarmos usar lugares improvisados em Curitiba.
João Carlos Cascaes
Curitiba, 12 de dezembro de 2008.
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domingo, 7 de dezembro de 2008
Queime depois de ler
Queime depois de ler
Vimos uma “comédia” que mais parecia uma tragédia, uma descrição pretensamente cômica do comportamento de um grupo de pessoas que representa muito bem o que vemos com freqüência crescente em nossa sociedade.
Uma mulher já um tanto desgastada, querendo de qualquer jeito fazer cirurgias plásticas que dependiam de dinheiro que não tinha, exercitando a lógica do “é dando que se recebe”, procurando um companheiro em todos os cantos da cidade de Washington, acaba sendo parceira num processo de chantagem e em seguida na venda do que imaginava serem “segredos militares”. A trama se desenvolve num ritmo acelerado, inclusive com as batidas de carro que os norte americanos tanto apreciam, mostrando, contudo, o grau de alienação de pessoas comuns demais em nossos dias.
O sentimento de “estado nacional” é relativamente recente. No século dezenove apareceu com força, foi contestado por alguns “movimentos populares” da época, de esquerda internacionalista, tornou-se forte, viabilizou guerras, mas também serviu para unir pessoas que antes só andavam juntas por força dos chefes religiosos e sob o chicote da aristocracia.
Nos EUA os americanos aprenderam a cultivar o amor à pátria, tanto assim que a bandeira daquele país é usada exaustivamente até em shows eróticos. Apesar de tudo vimos um filme produzido na capital daquele país, onde, sem mais nem menos, uma dupla de trapalhões descobre a oportunidade de se entregar ao Deus Dinheiro e não titubeia em expor o próprio povo vendendo-se a estrangeiros. O espantoso é sentir que “aquilo” poderia ser normal entre americanos que diversas vezes sacrificaram tantos jovens a favor de seu país.
Esse é um processo que vemos acontecer em todos os cantos do mundo moderno, afinal, quem se recusa a ter um bom emprego em qualquer multinacional mesmo que ela trabalhe contra os interesses nacionais? Não é comum vermos amigos se mandando para o estrangeiro, mudando de nacionalidade, de língua e costumes, saindo e falando mal de uma terra que nunca defenderam? Não é normal descobrirmos amigos vendendo a alma para poderem freqüentar os clubes de ricos de suas cidades?
O nacionalismo ainda existe, sim. Grupos econômicos poderosos lutam para manter o poder de suas pátrias. A crise econômica que nos abate ilustra movimentos de defesa dos interesses estrangeiros da mesma maneira como vimos acontecer na crise de 1929, onde, no Brasil, por exemplo, as concessionárias de energia elétrica sob controle deles se transformaram em instrumentos de evasão de divisas a favor de investimentos na América do Norte, principalmente. Ainda agora o amigo Joaquim Francisco de Carvalho manda emails desesperados denunciando a determinação do governo do Estado de São Paulo que pretende privatizar as usinas da CESP, impedindo-se, inclusive, a participação das nossas estatais nos leilões (colombiana pode), para quê? Ao troco de quê? O que existe por trás disso tudo?
Pior ainda foi ver a declaração do presidente da República dizendo que não podia parar de vender terras na Amazônia para os gringos, pois o país precisa de divisas (para salvar Itaú, Unibanco e AIG? Para compensar os erros estratosféricos dos economistas de algumas empresas exportadoras de grande porte?).
O personagem principal do filme tem o nome de Linda. Podemos perguntar, quantas Lindas existem entre nós? Qual é o futuro de países cujos cidadãos se dispõem a vender tudo, inclusive a si próprios, para poderem fazer cirurgias plásticas, consumir coisas que precisam de cursos para serem entendidas, mostrarem-se melhores em alguma coisa, já que lhes falta o principal, caráter, cidadania, amor à pátria?
João Carlos Cascaes
Vimos uma “comédia” que mais parecia uma tragédia, uma descrição pretensamente cômica do comportamento de um grupo de pessoas que representa muito bem o que vemos com freqüência crescente em nossa sociedade.
Uma mulher já um tanto desgastada, querendo de qualquer jeito fazer cirurgias plásticas que dependiam de dinheiro que não tinha, exercitando a lógica do “é dando que se recebe”, procurando um companheiro em todos os cantos da cidade de Washington, acaba sendo parceira num processo de chantagem e em seguida na venda do que imaginava serem “segredos militares”. A trama se desenvolve num ritmo acelerado, inclusive com as batidas de carro que os norte americanos tanto apreciam, mostrando, contudo, o grau de alienação de pessoas comuns demais em nossos dias.
O sentimento de “estado nacional” é relativamente recente. No século dezenove apareceu com força, foi contestado por alguns “movimentos populares” da época, de esquerda internacionalista, tornou-se forte, viabilizou guerras, mas também serviu para unir pessoas que antes só andavam juntas por força dos chefes religiosos e sob o chicote da aristocracia.
Nos EUA os americanos aprenderam a cultivar o amor à pátria, tanto assim que a bandeira daquele país é usada exaustivamente até em shows eróticos. Apesar de tudo vimos um filme produzido na capital daquele país, onde, sem mais nem menos, uma dupla de trapalhões descobre a oportunidade de se entregar ao Deus Dinheiro e não titubeia em expor o próprio povo vendendo-se a estrangeiros. O espantoso é sentir que “aquilo” poderia ser normal entre americanos que diversas vezes sacrificaram tantos jovens a favor de seu país.
Esse é um processo que vemos acontecer em todos os cantos do mundo moderno, afinal, quem se recusa a ter um bom emprego em qualquer multinacional mesmo que ela trabalhe contra os interesses nacionais? Não é comum vermos amigos se mandando para o estrangeiro, mudando de nacionalidade, de língua e costumes, saindo e falando mal de uma terra que nunca defenderam? Não é normal descobrirmos amigos vendendo a alma para poderem freqüentar os clubes de ricos de suas cidades?
O nacionalismo ainda existe, sim. Grupos econômicos poderosos lutam para manter o poder de suas pátrias. A crise econômica que nos abate ilustra movimentos de defesa dos interesses estrangeiros da mesma maneira como vimos acontecer na crise de 1929, onde, no Brasil, por exemplo, as concessionárias de energia elétrica sob controle deles se transformaram em instrumentos de evasão de divisas a favor de investimentos na América do Norte, principalmente. Ainda agora o amigo Joaquim Francisco de Carvalho manda emails desesperados denunciando a determinação do governo do Estado de São Paulo que pretende privatizar as usinas da CESP, impedindo-se, inclusive, a participação das nossas estatais nos leilões (colombiana pode), para quê? Ao troco de quê? O que existe por trás disso tudo?
Pior ainda foi ver a declaração do presidente da República dizendo que não podia parar de vender terras na Amazônia para os gringos, pois o país precisa de divisas (para salvar Itaú, Unibanco e AIG? Para compensar os erros estratosféricos dos economistas de algumas empresas exportadoras de grande porte?).
O personagem principal do filme tem o nome de Linda. Podemos perguntar, quantas Lindas existem entre nós? Qual é o futuro de países cujos cidadãos se dispõem a vender tudo, inclusive a si próprios, para poderem fazer cirurgias plásticas, consumir coisas que precisam de cursos para serem entendidas, mostrarem-se melhores em alguma coisa, já que lhes falta o principal, caráter, cidadania, amor à pátria?
João Carlos Cascaes
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Blumenau ainda precisa de alimentos e produtos de higiene pessoal
http://associacaodosamigosdeblumenau.blogspot.com
Cascaes,
O Jaime é reporter e trabalha na Prefeitura de Blumenau.
Abs
Borges
----- Original Message -----
From: Jaime Avendano
To: borges@onda.com.br
Sent: Thursday, December 04, 2008 4:59 PM
Subject: Blumenau precisa de doações
Blumenau ainda precisa de alimentos e produtos de higiene pessoal
A Prefeitura de Blumenau informa que o município ainda precisa de doações e tem lugar para estocar os produtos que chegam ao setor 3 da Vila Germânica ou à Pró-Família. A Central de Abastecimento, no momento, tem quantidades suficientes de roupas e colchões, mas precisa urgentemente de alimentos não perecíveis, principalmente para crianças - como leite NAN, Mucilon e achocolatados - e produtos de higiene pessoal, como fraldas descartáveis e absorventes.
Para doar alimentos não perecíveis (Leite, alimentação infantil, entre outros).
Produtos de higiene pessoal (absorventes, fraldas descartáveis infantis e geriátricas, entre outros):
Fundação Pró-Família (Pequenas Doações)
Rua Itapiranga, 368
Bairro Velha - CEP 89036-230
Fone: 55 (47) 3326-6972
Parque Vila Germânica (Doações Volumosas)
Rua Alberto Stein, 199
Bairro Velha - CEP 89036-200
Fone: 55 (47) 9976-0284
Repórter: Jaime Avendano FONE (47) (3326 6995/9968 9713)
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O Jaime é reporter e trabalha na Prefeitura de Blumenau.
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From: Jaime Avendano
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Subject: Blumenau precisa de doações
Blumenau ainda precisa de alimentos e produtos de higiene pessoal
A Prefeitura de Blumenau informa que o município ainda precisa de doações e tem lugar para estocar os produtos que chegam ao setor 3 da Vila Germânica ou à Pró-Família. A Central de Abastecimento, no momento, tem quantidades suficientes de roupas e colchões, mas precisa urgentemente de alimentos não perecíveis, principalmente para crianças - como leite NAN, Mucilon e achocolatados - e produtos de higiene pessoal, como fraldas descartáveis e absorventes.
Para doar alimentos não perecíveis (Leite, alimentação infantil, entre outros).
Produtos de higiene pessoal (absorventes, fraldas descartáveis infantis e geriátricas, entre outros):
Fundação Pró-Família (Pequenas Doações)
Rua Itapiranga, 368
Bairro Velha - CEP 89036-230
Fone: 55 (47) 3326-6972
Parque Vila Germânica (Doações Volumosas)
Rua Alberto Stein, 199
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Engenharia pelo menor preço
Engenharia pelo menor preço
Estamos vendo no Brasil, entre outras coisas, os efeitos da Lei Federal 8666 de 21 de junho de 1993, que regulamentou o inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal.
Simplesmente não podemos mais confiar em nada. Qualquer grande obra, de alguma forma submetida a esta legislação, começa com probabilidades elevadas de frustração, quando não de acidentes absurdos.
A lógica da regulamentação dessa Lei espraiou-se pela Engenharia. No rigor da vigilância abandonou-se a qualidade a favor da aceitação de julgamentos implacáveis em cima dos responsáveis pelos projetos.
Qualidade tem preço, como medir o valor de um bom consultor, projetista, de qualquer profissional ou empreiteira?
Seria o caso de se perguntar ao cidadão comum se ele gostaria de viajar em algum avião onde a tripulação tivesse sido selecionada pelo menor salário possível, se ele aceitaria ser operado pelo cirurgião mais barato da cidade, se a comida que ele come deve ser selecionada pelo menor preço, se ele faz questão de usar o carro mais barato da praça, morar no prédio construído com o menor custo declarado etc.
O que não aceitamos em nosso dia a dia é aplicado em obras gigantescas, capazes de pulverizar regiões inteiras. Agora falam em retomar o Programa Nuclear no Brasil, nessas condições será loucura total. Alguém aceitaria morar perto de uma usina nuclear feita escolhendo-se reatores, máquinas e instrumentos mais baratos possíveis? Construir sua casa ao pé de uma grande barragem em construção? Viver ao lado dos trilhos de um trem bala brasileiro?
O desafio de contratar em grandes empresas passa por triagens do pessoal de recursos humanos e vai avançando à medida que a responsabilidade do funcionário (colaborador como eufemisticamente gostam de dizer) aumenta. Empresas contratantes e contratadas enfrentam os limites de orçamentos definidos em reuniões de alto nível entre pessoas nem sempre competentes (vide crise econômica mundial e outras mazelas de nosso mundo capitalista, estatal etc.). Em alguns níveis, os famosos cargos de confiança, as leis não valem, aí, entretanto, a história é outra. Não bastasse tudo isso existe no Brasil uma legislação que foi criada na visão absolutamente simplista de legisladores distantes de nossa realidade.
Gente que nunca tomou decisões dentro de instalações prestes a explodir, faltando um simples pulso para se desmancharem, passou a julgar projetos e técnicos de grandes empresas...
A tragédia de SC com direito a explosão de gasoduto, desmoronamentos (até casa de ex-prefeito de Blumenau se desmanchou, castigo?), inundações imprevistas, imobilização e desmanche parcial de uma região produtora e de grande valor para a nação é um caso de polícia. É cedo para procurar culpados, é hora de salvar flagelados, o perigo é perdermos indícios materiais da falta de competência de muita gente que de uma forma ou de outra levou o Vale do Itajaí a esse desastre.
Devemos e podemos, nesse cenário brutal, procurar as causas primeiras, a origem de tudo.
O que podemos afirmar, tendo nascido com o pé dentro da água do Rio Itajaí Açu, freqüentado boas universidades e tido cargos que exigiam muito tecnicamente é que notamos, ao longo desses anos, o declínio do respeito ao engenheiro e a hiper-valorização de critérios financeiros na contratação de serviços e execução de obras. Na Copel, por exemplo, éramos obrigados a investir muito em fiscalização para compensar serviços feitos “pelo menor preço”. De uma forma ou de outra se transferia para a contratante (Copel) a responsabilidade da qualidade, pois a perda por lucro cessante era muitíssimo maior do que o valor que se poderia discutir em travamentos de contratos.
Carecemos de lideranças na área de Engenharia.
No Setor Elétrico, desde a morte de Aureliano Chaves não descobrimos ninguém capaz de enfrentar politicamente os teóricos de outros diplomas e funções. O resultado é uma sucessão de desastres e protelamentos de obras impressionantes e terríveis.
Engenharia? Não conseguimos soltar nem foguetinho em Alcântara. Túnel desabando só é notícia em São Paulo porque é lá que essas obras estão acontecendo. Os desastres da TAM, GOL e outras são inenarráveis. Pior ainda, vimos a explosão simplesmente inaceitável de um gasoduto em SC. Por quê?
No Brasil temos CREA, sindicatos, institutos de Engenharia etc. Será que essas entidades saberiam colocar essas questões? Têm gente disposta a lutar pela reversão desse quadro? Ou lá vamos encontrar poetas e oportunistas? Está na moda falar de meio ambiente, e nossas usinas, estradas, aeroportos, ferrovias, portos, gasodutos, saneamento básico e etc. e cidades que precisam urgentemente de máxima competência para não se transformarem em pesadelos incríveis?
Todos falam em planejamento, é mais fácil, e a concepção, especificação, escolha da melhor opção, a fabricação, operação, manutenção, as normas técnicas, os cálculos de riscos e custos, o gerenciamento dessas obras serão, estão sendo adequados?
Dentro de dois anos teremos eleições para o legislativo estadual e federal. Teremos lideranças empolgantes e competentes?
O Brasil nunca precisou tanto quanto agora de bons engenheiros, gente não só capaz de construir, manter, operar, recomendar, idealizar obras quanto em cativar e conquistar mudanças em nossa legislação, tão simplória quanto perigosa ao povo brasileiro.
Cascaes
2.12.2008
Estamos vendo no Brasil, entre outras coisas, os efeitos da Lei Federal 8666 de 21 de junho de 1993, que regulamentou o inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal.
Simplesmente não podemos mais confiar em nada. Qualquer grande obra, de alguma forma submetida a esta legislação, começa com probabilidades elevadas de frustração, quando não de acidentes absurdos.
A lógica da regulamentação dessa Lei espraiou-se pela Engenharia. No rigor da vigilância abandonou-se a qualidade a favor da aceitação de julgamentos implacáveis em cima dos responsáveis pelos projetos.
Qualidade tem preço, como medir o valor de um bom consultor, projetista, de qualquer profissional ou empreiteira?
Seria o caso de se perguntar ao cidadão comum se ele gostaria de viajar em algum avião onde a tripulação tivesse sido selecionada pelo menor salário possível, se ele aceitaria ser operado pelo cirurgião mais barato da cidade, se a comida que ele come deve ser selecionada pelo menor preço, se ele faz questão de usar o carro mais barato da praça, morar no prédio construído com o menor custo declarado etc.
O que não aceitamos em nosso dia a dia é aplicado em obras gigantescas, capazes de pulverizar regiões inteiras. Agora falam em retomar o Programa Nuclear no Brasil, nessas condições será loucura total. Alguém aceitaria morar perto de uma usina nuclear feita escolhendo-se reatores, máquinas e instrumentos mais baratos possíveis? Construir sua casa ao pé de uma grande barragem em construção? Viver ao lado dos trilhos de um trem bala brasileiro?
O desafio de contratar em grandes empresas passa por triagens do pessoal de recursos humanos e vai avançando à medida que a responsabilidade do funcionário (colaborador como eufemisticamente gostam de dizer) aumenta. Empresas contratantes e contratadas enfrentam os limites de orçamentos definidos em reuniões de alto nível entre pessoas nem sempre competentes (vide crise econômica mundial e outras mazelas de nosso mundo capitalista, estatal etc.). Em alguns níveis, os famosos cargos de confiança, as leis não valem, aí, entretanto, a história é outra. Não bastasse tudo isso existe no Brasil uma legislação que foi criada na visão absolutamente simplista de legisladores distantes de nossa realidade.
Gente que nunca tomou decisões dentro de instalações prestes a explodir, faltando um simples pulso para se desmancharem, passou a julgar projetos e técnicos de grandes empresas...
A tragédia de SC com direito a explosão de gasoduto, desmoronamentos (até casa de ex-prefeito de Blumenau se desmanchou, castigo?), inundações imprevistas, imobilização e desmanche parcial de uma região produtora e de grande valor para a nação é um caso de polícia. É cedo para procurar culpados, é hora de salvar flagelados, o perigo é perdermos indícios materiais da falta de competência de muita gente que de uma forma ou de outra levou o Vale do Itajaí a esse desastre.
Devemos e podemos, nesse cenário brutal, procurar as causas primeiras, a origem de tudo.
O que podemos afirmar, tendo nascido com o pé dentro da água do Rio Itajaí Açu, freqüentado boas universidades e tido cargos que exigiam muito tecnicamente é que notamos, ao longo desses anos, o declínio do respeito ao engenheiro e a hiper-valorização de critérios financeiros na contratação de serviços e execução de obras. Na Copel, por exemplo, éramos obrigados a investir muito em fiscalização para compensar serviços feitos “pelo menor preço”. De uma forma ou de outra se transferia para a contratante (Copel) a responsabilidade da qualidade, pois a perda por lucro cessante era muitíssimo maior do que o valor que se poderia discutir em travamentos de contratos.
Carecemos de lideranças na área de Engenharia.
No Setor Elétrico, desde a morte de Aureliano Chaves não descobrimos ninguém capaz de enfrentar politicamente os teóricos de outros diplomas e funções. O resultado é uma sucessão de desastres e protelamentos de obras impressionantes e terríveis.
Engenharia? Não conseguimos soltar nem foguetinho em Alcântara. Túnel desabando só é notícia em São Paulo porque é lá que essas obras estão acontecendo. Os desastres da TAM, GOL e outras são inenarráveis. Pior ainda, vimos a explosão simplesmente inaceitável de um gasoduto em SC. Por quê?
No Brasil temos CREA, sindicatos, institutos de Engenharia etc. Será que essas entidades saberiam colocar essas questões? Têm gente disposta a lutar pela reversão desse quadro? Ou lá vamos encontrar poetas e oportunistas? Está na moda falar de meio ambiente, e nossas usinas, estradas, aeroportos, ferrovias, portos, gasodutos, saneamento básico e etc. e cidades que precisam urgentemente de máxima competência para não se transformarem em pesadelos incríveis?
Todos falam em planejamento, é mais fácil, e a concepção, especificação, escolha da melhor opção, a fabricação, operação, manutenção, as normas técnicas, os cálculos de riscos e custos, o gerenciamento dessas obras serão, estão sendo adequados?
Dentro de dois anos teremos eleições para o legislativo estadual e federal. Teremos lideranças empolgantes e competentes?
O Brasil nunca precisou tanto quanto agora de bons engenheiros, gente não só capaz de construir, manter, operar, recomendar, idealizar obras quanto em cativar e conquistar mudanças em nossa legislação, tão simplória quanto perigosa ao povo brasileiro.
Cascaes
2.12.2008
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
SC - exemplo para o texto: Engenharia ou Demagogia
Engenharia ou Demagogia
A tragédia de SC apenas vem juntar-se a muitas que diariamente matam ou impedem a evolução da vida de milhões de brasileiros. Obviamente a natureza é violenta, implacável, antiecológica. Mata, rebenta, muda, destrói o que estiver no caminho de suas mudanças nem sempre previsíveis. Podemos, entretanto, com o apoio de bons profissionais, evitar muita coisa. Com certeza o que vimos acontecer no sul do Brasil teria tido conseqüências menores se os temas prevenção, defesa civil e gerenciamento enérgico de ocupação de espaços fosse regra em nosso Brasil romântico e irresponsável.
Minha vida profissional me permite dizer e ver angustiado, por exemplo, o que representa em destruição a não duplicação de rodovias por efeito de leis mal construídas e pessimamente aplicadas. Assim índios importados e periquitos acabam impedindo soluções mais do que necessárias. Por estatística podemos calcular o número provável de mortos em acidentes em qualquer estrada. Com certeza a carnificina [é muito maior do que a natureza nos impôs em Santa Catarina neste mês de novembro, continuando sem previsão segura de conclusão.
No Vale do Itajaí temos história (e não estória) para tudo. As barragens do Vale para contenção de cheias chegaram a ficar sem operadores durante mais de um ano porque extinguiram a repartição (DNOS) que as construíra. Tivemos que alertar o prefeito de Blumenau (Décio Lima, no início de sua gestão) para que ele acionasse governador e presidente da República para lhes dizer que aquelas barragens seriam extremamente perigosas se abandonadas. Alguns anos mais tarde ainda descobriram índios vandalizando as instalações de comando e as autoridades paralisadas por efeito da inimputabilidade e intocabilidade desses brasileiros...
O projeto JICA, desenvolvido com o apoio do governo japonês, com certeza teria evitado muita coisa, até porque reforçaria a preocupação com a drenagem do vale na sua área de menor altitude, a partir de Blumenau. Mais uma vez xiitas do meio ambiente e conveniências mesquinhas impediram a implementação desse benefício, assim como de duas outras barragens que já deveriam existir. Com certeza um trabalho dessa envergadura não é suficiente e precisa de complementações. Infelizmente, defendendo ações menores destruíram a melhor intervenção.
Aqui vale perguntar para quem pretende combater obras dessa espécie se, estando presos ao fundo de uma piscina com água beirando o queixo arrogante deles, um metro a mais ou menos de água seria desprezível. Essa foi a lógica maior utilizada pelos inimigos daquele belíssimo projeto (apoiado pela JICA) abandonado pelos nossos governantes, intimidados por más lideranças do Vale do Itajaí.
Obviamente não existe projeto grande, pequeno ou médio que não crie impactos ambientais. Fosse essa uma preocupação real de nossos cidadãos, eles evitariam ao máximo a utilização do transporte motorizado, não teriam imóveis de lazer em qualquer lugar, evitariam o consumo de bebidas que não fossem essenciais, enfim, procurariam uma maneira de ser semelhante a dos monges que se isolam da vida. A farsa do discurso incomoda.
Temos gente sofrendo, morrendo, catando lixo para sobreviver, morando em barracos infectos, tudo isso e muito mais por efeito de lógicas de gerenciamento incompreensíveis ou inexistentes.
Leis não faltam, para quê? É melhor parar por aqui...
O estado de Santa Catarina vai brecar, ter uma travada em seu desenvolvimento. Lá como em todo o Brasil faltaram governo, lideranças civis, participação e boa engenharia. O preço é elevadíssimo.
Será que em algum dia aprenderemos a criar um país sadio, inteligente e justo?
João Carlos Cascaes
Curitiba, 26.11.2008
A tragédia de SC apenas vem juntar-se a muitas que diariamente matam ou impedem a evolução da vida de milhões de brasileiros. Obviamente a natureza é violenta, implacável, antiecológica. Mata, rebenta, muda, destrói o que estiver no caminho de suas mudanças nem sempre previsíveis. Podemos, entretanto, com o apoio de bons profissionais, evitar muita coisa. Com certeza o que vimos acontecer no sul do Brasil teria tido conseqüências menores se os temas prevenção, defesa civil e gerenciamento enérgico de ocupação de espaços fosse regra em nosso Brasil romântico e irresponsável.
Minha vida profissional me permite dizer e ver angustiado, por exemplo, o que representa em destruição a não duplicação de rodovias por efeito de leis mal construídas e pessimamente aplicadas. Assim índios importados e periquitos acabam impedindo soluções mais do que necessárias. Por estatística podemos calcular o número provável de mortos em acidentes em qualquer estrada. Com certeza a carnificina [é muito maior do que a natureza nos impôs em Santa Catarina neste mês de novembro, continuando sem previsão segura de conclusão.
No Vale do Itajaí temos história (e não estória) para tudo. As barragens do Vale para contenção de cheias chegaram a ficar sem operadores durante mais de um ano porque extinguiram a repartição (DNOS) que as construíra. Tivemos que alertar o prefeito de Blumenau (Décio Lima, no início de sua gestão) para que ele acionasse governador e presidente da República para lhes dizer que aquelas barragens seriam extremamente perigosas se abandonadas. Alguns anos mais tarde ainda descobriram índios vandalizando as instalações de comando e as autoridades paralisadas por efeito da inimputabilidade e intocabilidade desses brasileiros...
O projeto JICA, desenvolvido com o apoio do governo japonês, com certeza teria evitado muita coisa, até porque reforçaria a preocupação com a drenagem do vale na sua área de menor altitude, a partir de Blumenau. Mais uma vez xiitas do meio ambiente e conveniências mesquinhas impediram a implementação desse benefício, assim como de duas outras barragens que já deveriam existir. Com certeza um trabalho dessa envergadura não é suficiente e precisa de complementações. Infelizmente, defendendo ações menores destruíram a melhor intervenção.
Aqui vale perguntar para quem pretende combater obras dessa espécie se, estando presos ao fundo de uma piscina com água beirando o queixo arrogante deles, um metro a mais ou menos de água seria desprezível. Essa foi a lógica maior utilizada pelos inimigos daquele belíssimo projeto (apoiado pela JICA) abandonado pelos nossos governantes, intimidados por más lideranças do Vale do Itajaí.
Obviamente não existe projeto grande, pequeno ou médio que não crie impactos ambientais. Fosse essa uma preocupação real de nossos cidadãos, eles evitariam ao máximo a utilização do transporte motorizado, não teriam imóveis de lazer em qualquer lugar, evitariam o consumo de bebidas que não fossem essenciais, enfim, procurariam uma maneira de ser semelhante a dos monges que se isolam da vida. A farsa do discurso incomoda.
Temos gente sofrendo, morrendo, catando lixo para sobreviver, morando em barracos infectos, tudo isso e muito mais por efeito de lógicas de gerenciamento incompreensíveis ou inexistentes.
Leis não faltam, para quê? É melhor parar por aqui...
O estado de Santa Catarina vai brecar, ter uma travada em seu desenvolvimento. Lá como em todo o Brasil faltaram governo, lideranças civis, participação e boa engenharia. O preço é elevadíssimo.
Será que em algum dia aprenderemos a criar um país sadio, inteligente e justo?
João Carlos Cascaes
Curitiba, 26.11.2008
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relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA
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É hora de falar de Santa Catarina e Blumenau
Euclésio,
Obrigado pelo apoio. Estou direcionando o meu apoio a Blumenau por ter nascido e ainda ter muitos primos morando lá. Nesta ação conhecemos tanto as pessoas que estão transportando como as que estão recebendo dando-nos uma garantia da entrega aos mais necessitados. Infelizmente nestas tragédias existem pessoas que acabam desviando doações por isso o nosso cuidado.
Alguns anos atrás junto com o Cascaes montamos a AAB-Associação dos Amigos de Blumenau. Vamos reestruturá-la para um trabalho social e técnico que pretendemos fazer agora para os próximos anos. Blumenau vai demorar a se reerguer, infelizmente. Precisamos fazer debates sobre o episódio para evitar a repetição de tantas mortes. Contamos com você e gostaríamos de convidá-lo a participar da AAB.
Abraços
Borges
Estou copiando ao Cascaes solicitando a ele que inclua seu texto no BLOG da AAB
----- Original Message -----
From: Euclesio Manoel Finatti
To: Antonio Borges dos Reis
Sent: Sunday, November 30, 2008 11:15 PM
Subject: Caminhões da SLAVIERO seguindo à Blumenau carregados de amor dos Curitibanos
Borges
Tenho procurado fazer nossa parte também. Além da entrega de alimentos e roupas, temos também amigos que sem se identificar estão fazendo o que podem. Outros, em função do e-mail que mandei, trouxeram ou levaram até o corpo de bombeiros suas doacões. Achei muito legal, pois logo após eu soltar o e-mail, já estava recebendo ligações ou e-amils de gente querendo ajudar. Isto é muito bom para podermos se voltar para algo que é verdadeiramente importante: a relação entre os seres humanos; não devemos nunca desanimar, sempre procurar estar crescento como ser humano. Esta é, sem dúvida, uma grande oportunidade para este crescimento pessoal.
Abração e de novo, devo dizer, me orgulho de estar entre seus amigos.
Euclesio
----- Original Message -----
From: Antonio Borges dos Reis
To: Undisclosed-Recipient:;
Sent: Sunday, November 30, 2008 11:51 PM
Subject: [SPAM] Caminhões da SLAVIERO seguindo à Blumenau carregados de amor dos Curitibanos
Obrigado a todos que estão ajudando nossos conterrâneos de Blumenau
O Caricaturista Ivan foi muito feliz ao fazer este desenho demonstrando toda a solidariedade demonstrada aos catarinenses.
Lembro que a SLAVIERO vai continuar com esta campanha recebendo as doações em sua lojas na Av. Iguaçú 633 ( 3025 3604 Julia ou Kelen) e na BR 476, KM 103,5 número 15.625 ( 7811 7063 Alvimar ) próximo ao viaduto do Xaxim.
O transporte através de uma empresa como a SLAVIERO e o recebimento em Blumenau sob responsabilidade do Secretário de Educação Dr. Maurici Nascimento nos dão a garantia de que tudo o que enviarmos será realmente entregue aos mais necessitados.
Vamos continuar mobilizados lembrando do natal das milhares de crianças que vão passá-lo em abrigos doando também brinquedos para ajudar a minorar o sofrimento das mesmas.
Vamos reforçar o envio de água mineral, alimentos não perecíveis, material de higiene pessoal e de limpeza.
Pessoas infelizmente continuam morrendo vítimas de desmoronamentos. Esta é uma tragédia que parece não ter fim.
Vamos continuar fazendo a nossa parte e orando a Deus para que o sol volte a brilhar na região.
No site abaixo vocês poderão conhecer um pouco mais da demonstração de amor dos curitibanos pelos blumenauenses.
http://associacaodosamigosdeblumenau.blogspot.com/
Abraços
Antonio Borges dos Reis
Obrigado pelo apoio. Estou direcionando o meu apoio a Blumenau por ter nascido e ainda ter muitos primos morando lá. Nesta ação conhecemos tanto as pessoas que estão transportando como as que estão recebendo dando-nos uma garantia da entrega aos mais necessitados. Infelizmente nestas tragédias existem pessoas que acabam desviando doações por isso o nosso cuidado.
Alguns anos atrás junto com o Cascaes montamos a AAB-Associação dos Amigos de Blumenau. Vamos reestruturá-la para um trabalho social e técnico que pretendemos fazer agora para os próximos anos. Blumenau vai demorar a se reerguer, infelizmente. Precisamos fazer debates sobre o episódio para evitar a repetição de tantas mortes. Contamos com você e gostaríamos de convidá-lo a participar da AAB.
Abraços
Borges
Estou copiando ao Cascaes solicitando a ele que inclua seu texto no BLOG da AAB
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From: Euclesio Manoel Finatti
To: Antonio Borges dos Reis
Sent: Sunday, November 30, 2008 11:15 PM
Subject: Caminhões da SLAVIERO seguindo à Blumenau carregados de amor dos Curitibanos
Borges
Tenho procurado fazer nossa parte também. Além da entrega de alimentos e roupas, temos também amigos que sem se identificar estão fazendo o que podem. Outros, em função do e-mail que mandei, trouxeram ou levaram até o corpo de bombeiros suas doacões. Achei muito legal, pois logo após eu soltar o e-mail, já estava recebendo ligações ou e-amils de gente querendo ajudar. Isto é muito bom para podermos se voltar para algo que é verdadeiramente importante: a relação entre os seres humanos; não devemos nunca desanimar, sempre procurar estar crescento como ser humano. Esta é, sem dúvida, uma grande oportunidade para este crescimento pessoal.
Abração e de novo, devo dizer, me orgulho de estar entre seus amigos.
Euclesio
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Sent: Sunday, November 30, 2008 11:51 PM
Subject: [SPAM] Caminhões da SLAVIERO seguindo à Blumenau carregados de amor dos Curitibanos
Obrigado a todos que estão ajudando nossos conterrâneos de Blumenau
O Caricaturista Ivan foi muito feliz ao fazer este desenho demonstrando toda a solidariedade demonstrada aos catarinenses.
Lembro que a SLAVIERO vai continuar com esta campanha recebendo as doações em sua lojas na Av. Iguaçú 633 ( 3025 3604 Julia ou Kelen) e na BR 476, KM 103,5 número 15.625 ( 7811 7063 Alvimar ) próximo ao viaduto do Xaxim.
O transporte através de uma empresa como a SLAVIERO e o recebimento em Blumenau sob responsabilidade do Secretário de Educação Dr. Maurici Nascimento nos dão a garantia de que tudo o que enviarmos será realmente entregue aos mais necessitados.
Vamos continuar mobilizados lembrando do natal das milhares de crianças que vão passá-lo em abrigos doando também brinquedos para ajudar a minorar o sofrimento das mesmas.
Vamos reforçar o envio de água mineral, alimentos não perecíveis, material de higiene pessoal e de limpeza.
Pessoas infelizmente continuam morrendo vítimas de desmoronamentos. Esta é uma tragédia que parece não ter fim.
Vamos continuar fazendo a nossa parte e orando a Deus para que o sol volte a brilhar na região.
No site abaixo vocês poderão conhecer um pouco mais da demonstração de amor dos curitibanos pelos blumenauenses.
http://associacaodosamigosdeblumenau.blogspot.com/
Abraços
Antonio Borges dos Reis
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